A Igreja não faz santos, apenas os reconhece
Nossa Senhora da Saúde
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
terça-feira, 2 de setembro de 2014
As três desordens do pecado
O livro do Gênesis diz que “Deus criou o ser humano à sua imagem” [1]. Antes disso, o pecado já existia, não por natureza, mas pela má vontade dos anjos decaídos, os demônios. Foram eles quem, por inveja, se aproximaram do primeiro homem para tentá-lo. Até então, Deus o havia colocado em um jardim de benesses [2], com múltiplas possibilidades de árvores e animais para comer e inúmeras coisas para fazer, tendo proibido apenas uma coisa: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque, no dia em que dele comeres, com certeza morrerás” [3].
Por medo da morte e pelo aviso divino, Adão e Eva não tinham comido da árvore, até que o demônio lhes tentou, invertendo o apelo de Deus e transformando em atrativo aquilo que era proibido: “De modo algum morrereis. Pelo contrário, Deus sabe que, no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal” [4]. Seduzidos pelo maligno, os primeiros pais pecaram e a desordem entrou na humanidade.
Para este curso de Terapia das Doenças Espirituais, o relato do livro do Gênesis sublinha um fato de notável importância: quando a serpente apresentou o fruto da árvore à mulher, ela “viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento” [5]. Estas três realidades – “comer”, “atraente para os olhos” e “desejável para obter conhecimento” – perpassam toda a história da humanidade: representam a tendência do homem para o prazer, para possuir as coisas e para o poder, essa última entendida como uma espécie de astúcia operativa.
São João entendeu bem isso, quando escreveu que “tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza [a soberba da vida] – não vem do Pai, mas do mundo” [6]. E o próprio Senhor, no deserto, foi tentado pelo demônio com essas três matérias [7]. Primeiro, Satanás propôs a Ele que transformasse pedras em pão, a fim de comer. Depois, “mostrou-lhe, num relance, todos os reinos da terra” e prometeu dar-Lhe tudo aquilo, se Se prostrasse diante dele. Por fim, tentou Jesus a fazer uma demonstração de poder: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo”. Nosso Senhor venceu as três tentações, mostrando ao homem que é possível, com a Sua graça, vencer a carne, decaída pelo pecado original.
Mas, que são essas três coisas que com razão se podem chamar de “raízes” do pecado? Tratam-se de três libidos ( libidines, em latim). As duas primeiras são chamadas por São João de “ἐπιθυμία” (lê-se: epithumía) – assim, há a “ἐπιθυμία τῆς σαρκὸς”, que é a concupiscência da carne, e a “ἐπιθυμία τῶν ὀφθαλμῶν”, que é a dos olhos –, pois estão radicadas na potência concupiscível do homem. A terceira, por sua vez, está na potência irascível: é a “ἀλαζονεία τοῦ βίου”, a soberba da vida.
A primeira, a libido amandi, é o apetite desordenado que “tem por objeto tudo o que pode fisicamente sustentar o corpo seja para a conservação do indivíduo, alimento, bebida etc., seja para a conservação da espécie, as coisas venéreas” [8]. O objeto dessa concupiscência é tanto a gula quanto o sexo desordenado, que é o vício da luxúria. É curioso que, na mesma época em que se vê o fenômeno da anorexia, de meninas que morrem de fome porque não querem comer, percebe-se uma humanidade que busca o prazer venéreo, mas não quer assumir a responsabilidade dos filhos. As pessoas querem comer, mas não querem engordar; querem fazer sexo, mas não querem estar abertas à vida.
A segunda, a libido possidendi, “é concupiscência animal, e tem por objeto as coisas que não se apresentam para a sustentação e o prazer da carne, mas que agradam à imaginação [delectabilia secundum apprehensionem imaginationis] ou a uma percepção semelhante, por exemplo, o dinheiro, o ornato das vestes, e outras coisas deste gênero. É esta espécie de concupiscência que se chama de concupiscência dos olhos” [9].
A terceira é a libido dominandi. É a soberba fundamental de querer ser igual a Deus, como fez Satanás. Enraizada no irascível, essa libido deseja o bem enquanto algo árduo: “Quanto ao apetite desordenado do bem difícil, pertence à soberba da vida, sendo que a soberba é o apetite desordenado da excelência [appetitus inordinatus excellentiae]” [10].
É para combater essas três causas do pecado que se praticam as três obras quaresmais: o jejum, a esmola e a oração; e também os três votos evangélicos: a castidade, a pobreza e a obediência. Também aqui se identificam os nossos relacionamentos com o outro, com as coisas e conosco mesmos. Se abusamos de outra pessoa, usando-a como objeto para obter prazer, estamos cedendo à concupiscência da carne; se idolatramos as coisas, pensando estar nelas a nossa felicidade, cedemos à concupiscência dos olhos; e se fazemos de nós mesmos deus, estamos na soberba da vida.
Deus criou o homem para que ele participasse de Sua divindade, mas ele deveria sê-lo pela graça, não por suas próprias forças. Quando Eva “se apega ciosamente ao ser igual a Deus”, ela rouba, com “ἁρπαγμὸς” (lê-se: harpagmós): as suas mãos se fecham para pegar para si. As mãos de Cristo são o contrário das mãos de Eva: elas se abrem para dar. Enquanto Eva quis, Cristo tudo entregou. Enquanto as mãos de Eva se voltam ao lenho para pegar, as de Cristo se deixam pregar ao lenho da Cruz para dar. Da primeira árvore nos vêm a desgraça e a morte; da segunda, a graça e a vida, a nossa salvação.
Referências
Gn 1, 27
Cf. Gn 2, 8
Gn 2, 16-17
Gn 3, 4-5
Gn 3, 6
1 Jo 2, 16
Cf. Lc 4, 1-13
Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, I-II, q. 77, a. 5
Ibidem
Ibidem
https://padrepauloricardo.org/aulas/as-tres-consequencias-do-pecado
sábado, 2 de agosto de 2014
De onde vieram os símbolos dos Evangelhos?
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terça-feira, 1 de julho de 2014
Imaculado Coração de Maria
Em 1917, Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos de Fátima e, entre promessas e segredos, alguns revelados há pouco tempo, a Virgem prometeu a Lúcia que ela viveria muito tempo, a fim de propagar no mundo a devoção ao Seu Imaculado Coração.
De fato, no dia 10 de dezembro de 1925, Nossa Senhora apareceu à irmã Lúcia, junto com o menino Jesus, e ensinou-lhe a prática dos cinco primeiros sábados do mês em desagravo às ofensas cometidas contra a Sua dignidade.
Para entender por que se deve desagravar o Coração de Maria, é preciso entender que a gravidade de uma ofensa é proporcional à dignidade da pessoa que se ofende. Certos pecados são considerados muito mais graves, pois atingem pessoas que nos amam de forma especial e às quais devemos, portanto, uma honra maior. É o caso dos pecados cometidos contra os pais, que são proibidos pelo quarto mandamento: “Honrar pai e mãe”.
Se é grande a dignidade dos nossos pais terrestres, quanto maior é a dignidade da Virgem Maria, nossa Mãe celeste! Santo Tomás de Aquino chega a dizer que, bem “a beata Virgem, por ser a Mãe de Deus, tem uma certa dignidade infinita, proveniente do bem infinito, que é Deus” [1]. É assim porque Maria Santíssima está em uma ordem diferente daquela em que estão todas as outras criaturas. Nós, se na amizade com Deus, estamos na ordem da graça; os santos e os anjos estão na ordem da glória; a Virgem Maria, no entanto, está no mistério da “união hipostática”: tendo gerado a humanidade de Nosso Senhor, que é Deus, com razão ela é chamada Mãe de Deus, “habent quandam dignitatem infinitam – dignidade de certo modo infinita”. Por isso, quando se ofende a Nossa Senhora, cria-se uma imensa desordem no mundo, porque se deixa de reconhecer as maravilhas que Deus fez em Si [2].
Mas, por que cinco sábados em honra à Virgem de Fátima? Anos mais tarde, em 1930, a pedido de um de seus confessores, a irmã Lúcia explicou que são cinco os sábados desta devoção porque são também cinco as principais ofensas cometidas contra a dignidade de Nossa Senhora: primeiro, as cometidascontra a Sua Imaculada Conceição; segundo, as contra a Sua virgindade; terceiro, as contra a Sua maternidade divina; quarto, as ofensas de quem ensina crianças a desprezarem e terem ódio da Virgem; e, quinto, as ofensas feitas a ícones de Nossa Senhora.
Para reparar essas ofensas – que atingem a dignidade de certo modo infinita de Maria e a própria majestade de Deus –, no entanto, é necessária a ajuda divina. Por isso Nossa Senhora aparece à irmã Lúcia e lhe indica o que os homens devem fazer para desagravar o Seu Coração:
“Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses, ao 1.º sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.” [3]
Em outra ocasião, a irmã Lúcia:
“Apresentou a Jesus a dificuldade que tinham algumas almas em se confessar ao sábado e pediu para ser válida a confissão de 8 dias. Jesus respondeu:”
“- Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.”
“Ela perguntou:”
“- Meu Jesus, as que se esquecerem de formar essa intenção?”
“Jesus respondeu:”
“- Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a 1.ª ocasião que tiverem de se confessar.” [4]
A Virgem Santíssima pede à humanidade este ato de desagravo pois sabe o mal que é causado no mundo quando se ofende o Seu Imaculado Coração. Tem consciência, ao mesmo tempo, do imenso bem que recebem as almas que prestam a devida veneração a Si, de tal modo que, assim como o quarto mandamento é acompanhado da promessa de longevidade – “Honra teu pai e tua mãe para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus” [5] –, a honra à Mãe de Deus, muito mais que a prosperidade terrena, alcança a salvação eterna.
Referências
Suma Teológica, I, q. 25, a. 6, ad 4
Cf. Lc 1, 48-49
Memórias da Irmã Lúcia, p. 192
Ibidem, p. 193
Ex 20, 12
Suma Teológica, I, q. 25, a. 6, ad 4
Cf. Lc 1, 48-49
Memórias da Irmã Lúcia, p. 192
Ibidem, p. 193
Ex 20, 12
Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/em-que-consiste-a-devocao-dos-cinco-primeiros-sabados-do-mes-em-honra-a-virgem-de-fatima
sábado, 24 de maio de 2014
Latria, Dulia, Hiperdulia - diferença de culto
A visita dos 3 Anjos a Abraão
Alguns protestantes confundem o culto que os católicos tributam aos santos com o culto que se deve a Deus. Para introduzir o assunto da intercessão dos santos é necessário esclarecer a diferença que existe entre os cultos de "dulia", "hiperdulia" e "latria".
Em grego, o termo "douleuo" significa "honrar" e não "adorar".
No sentido verbal, adorar (ad orare) significa simplesmente orar ou reverenciar a alguém.
A Sagrada Escritura usa o termo "adorar" em várias acepções, tanto no sentido de douleuo como de latreuo, como demonstrarei através da "Vulgata", Bíblia católica original e escrita em latim.
"Tu adorarás o teu Deus" (Mt 4, 10)
"Abraão, levantando os olhos, viu três varões em pé, junto a ele. Tanto que ele os viu, correu da porta da tenda a recebê-los e prostrando em terra os adorou" (Gn. 18,2).
Eis os dois sentidos bem indicados pela própria Bíblia: adoração suprema, devida só a Deus; adoração de reverência, devida a outras pessoas.
A Igreja católica, no seu ensino teológico, determina tudo isso com uma exatidão matemática.
A adoração, do lado de seu objeto, divide-se em três classes de culto:
1. culto de latria (grego: "latreuo") quer dizer adorar - É o culto reservado a Deus
2. culto de dulia (grego: "douleuo") quer dizer honrar.
3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração.
A latria é o culto que se deve somente a Deus e consiste em reconhecer nele a divindade, prestando uma homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor dos homens. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, etc.
O culto de dulia é especial aos santos, como sendo amigos de Deus.
O culto de hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus.
Alguns protestantes protestam dizendo que toda a "inclinação", "genuflexão", etc, é um ato eminentemente de "adoração", só devido à Deus.
Já demonstramos, com o trecho do Gênesis, que isso não procede. Todavia, para deixar mais claro o problema, devemos recordar que o culto de "latria" (ou de "dulia") é um ato interno da alma.
A adoração é, eminentemente, um ato interior do homem, que pode se manifestar de formas variadas, conforme as circunstâncias e as disposições de alma de cada um.
Os atos exteriores - como genuflexão, inclinação, etc -, são classificados tendo em vista o "objeto" a que se destinam. Se é aos santos que se presta a inclinação, é claro que se trata de um culto de dulia. Se é a Deus, o culto é de latria.
Aliás, a inclinação pode ser até um ato de agressão, como no caso dos soldados de Pilatos que, zombando de Nosso Senhor, "lhe cuspiram no rosto e, prostrando-se de joelhos, o adoraram" (Mc 15, 19).
A objeção protestante, dessa forma, cai por terra. Ou eles teriam que afirmar que havia uma "adoração" por parte dos soldados de Pilatos, o que é absurdo! Eles simulavam uma adoração (ou veneração ao "Rei dos Judeus), através de atos exteriores, mas seu desejo era de zombaria.
Fonte: http://arquidiocesedecampogrande.org.br/arq/formacao-igreja/fe-catolica/2988-diferenca-de-culto-latria-dulia-e-hiperdulia-
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Criação: o maior presente de Deus para os homens
Criação: o maior presente de Deus para o homem, afirma o Papa na Audiência Geral
O Pontífice fez seu ingresso na Praça S. Pedro a bordo do seu jipe aberto, percorrendo-a para saudar os fiéis que, entusiastas, acenam para o Santo Padre.
Em sua catequese, Francisco prosseguiu sua série sobre os sete dons do Espírito Santo falando desta vez sobre a ciência.
“Quando se fala em ciência, o pensamento vai imediatamente à capacidade do homem de conhecer sempre melhor a realidade que o circunda e de descobrir as leis que regulam a natureza e o universo. Todavia, a ciência que vem do Espírito Santo não se limita ao conhecimento humano: é um dom especial que nos leva a entender, através da criação, a grandeza e o amor de Deus e a sua relação profunda com cada criatura”, explicou o Papa.
Desse modo, a ciência nos ajuda a não cair no risco de nos considerarmos senhores da criação: ela nos foi entregue por Deus para que cuidemos dela e a utilizemos para benefício de todos, com respeito e gratidão.
O dom da ciência nos ajuda ainda a olhar as pessoas e as realidades que nos circundam sem as absolutizar, mas sabendo reconhecer os seus limites e a sua orientação para Deus. Tudo isto é motivo de serenidade e de paz, fazendo de nós Suas jubilosas testemunhas.
Quando criou o homem, Deus viu que se tratava de algo “muito bom”. Aos olhos do Senhor, somos a coisa mais bela da criação, estando até mesmo acima dos anjos.
“Somos superiores aos anjos, como diz o Salmo 8”, afirmou o Papa, pedindo que agradeçamos ao Senhor por esta predileção.
Predileção que, todavia, implica responsabilidade. O Papa insistiu de modo especial sobre “este presente de Deus para o homem”, que é proteger a natureza.
“Mas quando nós a exploramos, destruímos o sinal de amor de Deus. Destruir a criação é dizer a Deus: “Não gosto da natureza”, reafirmando o amor por nós mesmos. “Eis o pecado”, advertiu o Papa. Cuidar da criação é cuidar do dom de Deus e é agradecer a Ele por ter recebido esta incumbência.
“Esta deve ser a nossa atitude em relação à natureza: protegê-la, caso contrário, a natureza nos destruirá. Não nos esqueçamos disso.”
Francisco recordou um episódio que viveu no meio rural com um senhor simples, que plantava flores.
“Este senhor disse que era preciso proteger as coisas belas que Deus nos deu. Pois Ele perdoa sempre; os homens, “de vez em quando”; mas a natureza, nunca. E se não protegermos a criação, ela nos destruirá. Devemos refletir sobre isso e pedir ao Espírito Santo o dom da ciência para entender bem que a criação é o presente mais belo de Deus, o presente para a melhor das criaturas que Ele criou, que é a pessoa humana.”
Após a catequese, Francisco saudou os vários grupos de peregrinos presentes na Praça. Aos de língua portuguesa, disse:
“Saúdo os brasileiros vindos de Pouso Alegre, Campo Limpo e São Paulo e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta peregrinação a Roma fortaleça em todos a fé e consolide, no amor divino, os vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e com a sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja!”
(BF)
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/05/21/cria%C3%A7%C3%A3o:_o_maior_presente_de_deus_para_o_homem,_afirma_o_papa_na/bra-800914
do site da Rádio Vaticano
O Pontífice fez seu ingresso na Praça S. Pedro a bordo do seu jipe aberto, percorrendo-a para saudar os fiéis que, entusiastas, acenam para o Santo Padre.
Em sua catequese, Francisco prosseguiu sua série sobre os sete dons do Espírito Santo falando desta vez sobre a ciência.
“Quando se fala em ciência, o pensamento vai imediatamente à capacidade do homem de conhecer sempre melhor a realidade que o circunda e de descobrir as leis que regulam a natureza e o universo. Todavia, a ciência que vem do Espírito Santo não se limita ao conhecimento humano: é um dom especial que nos leva a entender, através da criação, a grandeza e o amor de Deus e a sua relação profunda com cada criatura”, explicou o Papa.
Desse modo, a ciência nos ajuda a não cair no risco de nos considerarmos senhores da criação: ela nos foi entregue por Deus para que cuidemos dela e a utilizemos para benefício de todos, com respeito e gratidão.
O dom da ciência nos ajuda ainda a olhar as pessoas e as realidades que nos circundam sem as absolutizar, mas sabendo reconhecer os seus limites e a sua orientação para Deus. Tudo isto é motivo de serenidade e de paz, fazendo de nós Suas jubilosas testemunhas.
Quando criou o homem, Deus viu que se tratava de algo “muito bom”. Aos olhos do Senhor, somos a coisa mais bela da criação, estando até mesmo acima dos anjos.
“Somos superiores aos anjos, como diz o Salmo 8”, afirmou o Papa, pedindo que agradeçamos ao Senhor por esta predileção.
Predileção que, todavia, implica responsabilidade. O Papa insistiu de modo especial sobre “este presente de Deus para o homem”, que é proteger a natureza.
“Mas quando nós a exploramos, destruímos o sinal de amor de Deus. Destruir a criação é dizer a Deus: “Não gosto da natureza”, reafirmando o amor por nós mesmos. “Eis o pecado”, advertiu o Papa. Cuidar da criação é cuidar do dom de Deus e é agradecer a Ele por ter recebido esta incumbência.
“Esta deve ser a nossa atitude em relação à natureza: protegê-la, caso contrário, a natureza nos destruirá. Não nos esqueçamos disso.”
Francisco recordou um episódio que viveu no meio rural com um senhor simples, que plantava flores.
“Este senhor disse que era preciso proteger as coisas belas que Deus nos deu. Pois Ele perdoa sempre; os homens, “de vez em quando”; mas a natureza, nunca. E se não protegermos a criação, ela nos destruirá. Devemos refletir sobre isso e pedir ao Espírito Santo o dom da ciência para entender bem que a criação é o presente mais belo de Deus, o presente para a melhor das criaturas que Ele criou, que é a pessoa humana.”
Após a catequese, Francisco saudou os vários grupos de peregrinos presentes na Praça. Aos de língua portuguesa, disse:
“Saúdo os brasileiros vindos de Pouso Alegre, Campo Limpo e São Paulo e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta peregrinação a Roma fortaleça em todos a fé e consolide, no amor divino, os vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e com a sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja!”
(BF)
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/05/21/cria%C3%A7%C3%A3o:_o_maior_presente_de_deus_para_o_homem,_afirma_o_papa_na/bra-800914
do site da Rádio Vaticano
sábado, 5 de abril de 2014
As sepulturas na pré-história EB
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sexta-feira, 4 de abril de 2014
Uma história que não foi contada
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segunda-feira, 24 de março de 2014
Francisco e a mudança na "fabrica de bispos"
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terça-feira, 18 de março de 2014
Oração a São José
19 de março, São José, rogai por nós!
A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos o vosso patrocínio.Por esse laço sagrado de caridade, que os uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus conquistou com seu sangue,e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo.
Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; assim como outrora salvastes da morte a vida do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Assim seja!
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Sacramento da Reconciliação
“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Através dos Sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Agora, todos sabemos disso, nós levamos essa vida “em vasos de barro” (2 Cor 4, 7), ainda estamos sujeitos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, podemos até mesmo perder a nova vida. Por isto o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também através dos próprios membros, em particular o Sacramento da reconciliação e aquele da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de “Sacramentos da cura”. O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando eu vou confessar-me é para curar-me, curar a minha alma, curar o coração e algo que fiz e não foi bom. O ícone bíblico que o exprime melhor, em sua profunda ligação, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela ao mesmo tempo médico das almas e dos corpos (cfr Mc 2,1-12 // Mt 9,1-8; Lc 5,17-26).
1. O Sacramento da Penitência e da Reconciliação surge diretamente do mistério pascal. De fato, na própria noite de Páscoa, o Senhor aparece aos discípulos, fechados no cenáculo, e depois de ter dirigido a eles a saudação “A paz esteja convosco”, soprou sobre eles e disse: “Recebeis o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20,21-23). Esta passagem nos revela a dinâmica mais profunda que está contida neste Sacramento. Antes de tudo, o fato de que o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar a nós mesmos. Eu não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão se pede, se pede a uma outra pessoa e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um presente, é um dom do Espírito Santo, que nos enche com a misericórdia e a graça que surge incessantemente do coração aberto de Cristo crucificado e ressuscitado. Em segundo lugar, recorda-nos que somente se nos deixamos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos podemos estar verdadeiramente na paz. E todos sentimos isso no coração quando vamos confessar-nos, com um peso na alma, um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus estamos em paz, com aquela paz da alma tão bela que somente Jesus pode dar, somente Ele.
2. No tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública – porque no início se fazia publicamente – àquela pessoal, à forma reservada da Confissão. Isto, porém, não deve fazer perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital. De fato, é a comunidade cristã o lugar no qual se torna presente o Espírito, o qual renova os corações no amor de Deus e faz de todos os irmãos uma só coisa, em Cristo Jesus. Eis então porque não basta pedir perdão ao Senhor na própria mente e no próprio coração, mas é necessário confessar humildemente e com confiança os próprios pecados ao ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa somente Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um de seus membros, que escuta comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com ele, que o encoraja e o acompanha no caminho de conversão e amadurecimento cristão. Alguém pode dizer: eu me confesso somente com Deus. Sim, você pode dizer a Deus “perdoa-me”, e dizer os teus pecados, mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isto é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote. “Mas, padre, eu me envergonho…”. Também a vergonha é boa, é saudável ter um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é saudável. Quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos que é um “sem vergonha”: um “sin verguenza”. Mas também a vergonha faz bem, porque nos faz mais humildes e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e em nome de Deus perdoa. Também do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que são tão pesadas no meu coração. E alguém sente que desabafa diante de Deus, com a Igreja, com o irmão. Não ter medo da Confissão! Alguém, quando está na fila para confessar-se, sente todas estas coisas, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sai livre, grande, belo, perdoado, purificado, feliz. É este o bonito da Confissão! Eu gostaria de perguntar-vos – mas não digam em voz alta, cada um responda no seu coração – quando foi a última vez que você se confessou? Cada um pense… São dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga a si mesmo: quando foi a última vez que eu me confessei? E se passou tanto tempo, não perder um dia a mais, vá, que o sacerdote será bom. É Jesus ali, e Jesus é o melhor dos sacerdotes, Jesus te recebe, recebe-te com tanto amor. Seja corajoso e vá à Confissão!
3. Queridos amigos, celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido em um abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai. Recordemos aquela bela, bela parábola do filho que foi embora de sua casa com o seu dinheiro da herança; gastou todo o dinheiro e depois quando não tinha mais nada decidiu voltar pra casa, não como filho, mas como servo. Tanta culpa tinha em seu coração e tanta vergonha. A surpresa foi que quando começou a falar, a pedir perdão, o pai não o deixou falar, abraçou-o, beijou-o e fez festa. Mas eu vos digo: toda vez que nós nos confessamos, Deus nos abraça, Deus faz festa! Vamos adiante neste caminho. Que Deus vos abençoe!”(Tradução Canção Nova / Jéssica Marçal)
Fonte: http://www.zenit.org/pt/articles/texto-da-catequese-do-papa-francisco-na-audiencia-da-quarta-feira–9
domingo, 23 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
O Magníficat pelo Beato João Paulo II
1. Maria, inspirando-se na tradição do Antigo Testamento, celebra com o cântico do Magníficat as maravilhas que Deus realizou nela. Esse cântico é a resposta da Virgem ao mistério da Anunciação: o anjo convidou-a a alegrar-se; agora Maria expressa o júbilo de seu espírito em Deus, seu salvador. Sua alegria nasce de ter experimentado pessoalmente o olhar benévolo que Deus dirigiu a ela, criatura pobre e sem influência na história.
Com a expressão Magníficat, versão latina de uma palavra grega que tinha o mesmo significado, é celebrada a grandeza de Deus, que com o anúncio do anjo revela sua onipotência, sueperando as expectativas e as esperanças do povo da aliança e inclusive os mais nobres desejos da alma humana.
Frente ao Senhor, potente e misericordioso, Maria manifesta o sentimento de sua pequenez: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor; alegra meu espírito em Deus, meu salvador, porque olhou para a humilhação de sua escrava” (Lc 1,46-48). Provavelmene, o termo grego tapeinosis foi tirado do cântico de Ana, a mãe de Samuel. Com ele indicam a “humilhação” e a “miséria” de uma mulher estéril (cf. 1 S 1,11), que encomenda sua pena ao Senhor. Com uma expressão semelhante, Maria apresenta sua situação de pobreza e a consciência de sua pequenez perante Deus que, com decisão gratuita, colocou seu olhar sobre ela, jovem humilde de Nazaré, chamando-a a converter-se na mãe do Messias.
2. As palavras “de agora em diante todas as nações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48), têm como ponto de partida a felicitação de Isabel, que foi a primeira a proclamar a Maria “bendita” (Lc 1,45). O cântico, com certa audácia, prediz que essa proclamação irá se estendendo e ampliando com um dinamismo incontido. Ao mesmo tempo, testemunha a veneração especial que a comunidade cristã sentiu pela Mãe de Jesus desde o século I. O Magníficat constitui a primícia das diversas expressões de culto, transmitidas de geração em geração, com as quais a Igreja manifesta seu amor à Virgem de Nazaré.
3. “O Poderoso fez em mim maravilhas; seu nome é santo e sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração” (Lc 1,49-50).
O que são essas “maravilhas” realizadas em Maria pelo Poderoso? A expressão aparece no Antigo Testamento para indicar a libertação do povo de Israel do Egito ou da Babilônia. No Magníficat refere-se ao acontecimento misterioso da concepção virginal de Jesus, acaecido em Nazaré depois do anúncio do anjo.
No Magníficat, cântico verdadeiramente teológico porque revela a experiência do rostro de Deus feita por Maria, Deus não só é o Poderoso, a quem nada é impossível, como havia declarado Gabriel (cf. Lc 1,37), mas também o Misericordioso, capaz de ternura e fidelidade para com todo ser humano.
4. “Ele faz proezas com seu braço; dispersa os soberbos de coração; derruba do trono os poderosos e enaltece os humildes; os famintos os sacias de bens e despede os ricos de mãos vazias” (Lc 1,51-53).
Com sua leitura sapiencial da história, Maria nos leva a descobrir os critérios da misteriosa ação de Deus. O Senhor, confundindo os critérios do mundo, vem em auxílio dos pobres e pequenos, em detrimento dos ricos e dos poderosos, e, de modo surpreendente, enche de bens os humildes, que lhe encomendam sua existência (cf. Redemptoris Mater, 37).
Estas palavras do cântico, ao mesmo tempo em que nos mostram em Maria um modelo concreto e sublime, nos ajudam a compreender que o que atrai a benevolência de Deus é sobretudo a humildade de coração.
5. Por último, o cântico exalta o cumprimento das promessas e a fidelidade de Deus com o seu povo escolhido: “Auxilia a Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e sua descendência para sempre” (Lc 1,54-55).
Maria, cheia de dons divinos, não se detém a contemplar seu caso pessoal, mas compreende que esses dons são uma manifestação da misericórdia de Deus a todo seu povo. Nela Deus cumpre suas promessas com uma fidelidade e generosidade abundantes.
O Magníficat, inspirado no Antigo Testamento e na espiritualidade da filha de Sião, ssupera os textos proféticos que estão ems ua origem, revelando na “cheia de graça” o início de uma intervenção divina que vai além das esperanças messiânicas de Israel: o mistério santo da Encarnação do Verbo.
Catequese de João Paulo II (6-XI-96)
http://afeexplicada.wordpress.com/
sábado, 25 de janeiro de 2014
Papa, Bispo de Roma
Papa
é o título dado ao Bispo e Patriarca de Roma, supremo líder espiritual da
Igreja Católica Apostólica Romana, e chefe do Estado da Cidade do Vaticano.
O primeiro Papa foi São Pedro, a quem Jesus Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja. A ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus, 16, 13-20).
Como Pedro terminou seus dias em Roma, no seio da Igreja Romana, dando aí o seu supremo testemunho de amor a Nosso Senhor, derramando seu sangue por Cristo, os Bispos de Roma são sucessores de Pedro. Como Pedro, a missão deles é sempre recordar, custodiar e proclamar a experiência fundamental da nossa fé: Jesus morto e ressuscitado é o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Salvador! O Papa dispõe, para os católicos, de autoridade religiosa em matéria de fé e moral.
Seguir o Sumo Pontífice é a certeza de estar em comunhão plena com Cristo, por isso se diz que o Papa é fundamento visível da unidade.
O primeiro Papa foi São Pedro, a quem Jesus Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja. A ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus, 16, 13-20).
Como Pedro terminou seus dias em Roma, no seio da Igreja Romana, dando aí o seu supremo testemunho de amor a Nosso Senhor, derramando seu sangue por Cristo, os Bispos de Roma são sucessores de Pedro. Como Pedro, a missão deles é sempre recordar, custodiar e proclamar a experiência fundamental da nossa fé: Jesus morto e ressuscitado é o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Salvador! O Papa dispõe, para os católicos, de autoridade religiosa em matéria de fé e moral.
Seguir o Sumo Pontífice é a certeza de estar em comunhão plena com Cristo, por isso se diz que o Papa é fundamento visível da unidade.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Os escândalos de sacerdotes, vergonha para a Igreja
Papa Francisco: os escândalos de sacerdotes, vergonha para a Igreja
Homilia de hoje na Casa Santa Marta: “os sacerdotes corruptos, em vez de dar o pão da vida, dão um pasto envenenado ao santo Povo de Deus”
Os escândalos na Igreja acontecem porque não há uma relação viva com Deus e com sua Palavra. Assim, ossacerdotes corruptos, em vez de dar o pão da vida, dão um pasto envenenado ao santo Povo de Deus: foi o que afirmou o Papa Francisco em sua homilia da manhã de hoje, na missa na Casa Santa Marta.
Comentando a leitura do dia e o salmo responsorial, que narram uma dura derrota dos israelitas diante dos filisteus, o Papa afirmou que o povo de Deus naquela época tinha abandonado o Senhor. Dizia-se que a Palavra de Deus era “rara” naquele tempo. Para combater os filisteus, os israelitas usavam a arca da aliança, mas como uma coisa “mágica”, “uma coisa externa”. Por isso, são derrotados e a arca é tomada pelos inimigos:
“Este trecho da Escritura nos faz pensar como é a nossa relação com Deus, com a Palavra de Deus: é uma relação formal? É uma relação distante? A Palavra de Deus entra no nosso coração, o transforma, tem este poder ou não? Mas o coração está fechado para a Palavra! E nos leva a pensar nas muitas derrotas da Igreja, do povo de Deus, simplesmente porque não ouve o Senhor, não O busca, não se deixa buscar por Ele!”
Depois da tragédia, perguntamos ao Senhor o que aconteceu, pois Ele fez de nós o desprezo dos nossos vizinhos. O Papa pensa nos escândalos da Igreja:
“Mas nos envergonhamos? Tantos escândalosque eu não quero mencionar singularmente, mas que todos nós conhecemos... Sabemos onde estão! Escândalos, alguns que fizeram gastar tanto dinheiro: tudo bem! Deve-se fazer assim…. A vergonha da Igreja! Mas nos envergonhamos daqueles escândalos, daquelas derrotas de padres, de bispos, de leigos? A Palavra de Deus naqueles escândalos era rara; naqueles homens e naquelas mulheres a Palavra de Deus era rara! Não tinham um elo com Deus! Tinham uma posição na Igreja, um lugar de poder, inclusive de comodidade. Mas a Palavra de Deus, não! ‘Mas, eu carrego uma medalha’; ‘Eu carrego uma Cruz’… Sim, assim como eles carregavam a arca! Sem uma relação viva com Deus e com a Palavra de Deus! Vem-me à mente aquela Palavra de Jesus para quem comete escândalos … E aqui ocorreu escândalo: toda uma decadência do povo de Deus, até o enfraquecimento, a corrupção dos sacerdotes.”
O Papa Francisco concluiu sua homilia dirigindo o seu pensamento ao povo de Deus:
“Pobre gente! Pobre gente! Não damos de comer o pão da vida; não damos de comer – nesses casos – a verdade! E damos de comer até mesmo alimento envenenado, muitas vezes! ‘Acorda, porque dormes Senhor!’. Que esta seja a nossa oração! ‘Desperta! Não nos rejeites para sempre! Por que escondes a tua face? Por que esquecer a nossa miséria e opressão?’. Peçamos ao Senhor que jamais esqueçamos a Palavra de Deus, que está viva, que entre no nosso coração e não se esqueça mais o santo povo fiel de Deus, que nos pede alimento forte!”
Comentando a leitura do dia e o salmo responsorial, que narram uma dura derrota dos israelitas diante dos filisteus, o Papa afirmou que o povo de Deus naquela época tinha abandonado o Senhor. Dizia-se que a Palavra de Deus era “rara” naquele tempo. Para combater os filisteus, os israelitas usavam a arca da aliança, mas como uma coisa “mágica”, “uma coisa externa”. Por isso, são derrotados e a arca é tomada pelos inimigos:
“Este trecho da Escritura nos faz pensar como é a nossa relação com Deus, com a Palavra de Deus: é uma relação formal? É uma relação distante? A Palavra de Deus entra no nosso coração, o transforma, tem este poder ou não? Mas o coração está fechado para a Palavra! E nos leva a pensar nas muitas derrotas da Igreja, do povo de Deus, simplesmente porque não ouve o Senhor, não O busca, não se deixa buscar por Ele!”
Depois da tragédia, perguntamos ao Senhor o que aconteceu, pois Ele fez de nós o desprezo dos nossos vizinhos. O Papa pensa nos escândalos da Igreja:
“Mas nos envergonhamos? Tantos escândalosque eu não quero mencionar singularmente, mas que todos nós conhecemos... Sabemos onde estão! Escândalos, alguns que fizeram gastar tanto dinheiro: tudo bem! Deve-se fazer assim…. A vergonha da Igreja! Mas nos envergonhamos daqueles escândalos, daquelas derrotas de padres, de bispos, de leigos? A Palavra de Deus naqueles escândalos era rara; naqueles homens e naquelas mulheres a Palavra de Deus era rara! Não tinham um elo com Deus! Tinham uma posição na Igreja, um lugar de poder, inclusive de comodidade. Mas a Palavra de Deus, não! ‘Mas, eu carrego uma medalha’; ‘Eu carrego uma Cruz’… Sim, assim como eles carregavam a arca! Sem uma relação viva com Deus e com a Palavra de Deus! Vem-me à mente aquela Palavra de Jesus para quem comete escândalos … E aqui ocorreu escândalo: toda uma decadência do povo de Deus, até o enfraquecimento, a corrupção dos sacerdotes.”
O Papa Francisco concluiu sua homilia dirigindo o seu pensamento ao povo de Deus:
“Pobre gente! Pobre gente! Não damos de comer o pão da vida; não damos de comer – nesses casos – a verdade! E damos de comer até mesmo alimento envenenado, muitas vezes! ‘Acorda, porque dormes Senhor!’. Que esta seja a nossa oração! ‘Desperta! Não nos rejeites para sempre! Por que escondes a tua face? Por que esquecer a nossa miséria e opressão?’. Peçamos ao Senhor que jamais esqueçamos a Palavra de Deus, que está viva, que entre no nosso coração e não se esqueça mais o santo povo fiel de Deus, que nos pede alimento forte!”
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