Cristo, ao instituir os Doze, «deu-lhes a forma dum corpo colegial, quer dizer, dum grupo estável, e colocou à sua frente Pedro, escolhido de entre eles» (LG 19). (Catecismo da Igreja Católica, 880)
“o Senhor fez de Simão, a quem deu o nome de Pedro, e apenas dele a pedra da sua Igreja. Entregou-lhe as suas chaves (cf. Mt 16, 18-19); instituiu-o pastor de todo o rebanho (cf. Jo 21, 15-17). "Consta que também o colégio dos apóstolos, unido à sua cabeça, recebeu a função de atar e desatar dada a Pedro" (LG 22). Este ofício pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos pertence aos cimentos da Igreja. Continua pelos bispos sob o primado do Papa.” (Catecismo da Igreja Católica, 881).
Contemplar o mistério
O teu maior amor, a tua maior estima, a tua mais profunda veneração, a tua obediência mais rendida, o teu maior afecto há-de ser também para o Vice-Cristo na terra, para o Papa.
Os católicos têm de pensar que, depois de Deus e da nossa Mãe a Virgem Santíssima, na hierarquia do amor e da autoridade, vem o Santo Padre. (Forja, 135)
Esta é a única Igreja de Cristo -que professamos no Símbolo Una, Santa, Católica e Apostólica-, a que o nosso Salvador, depois da sua ressurreição, entregou a Pedro para que a apascentasse, encarregando-o a ele e aos outros Apóstolos de a difundirem e governarem, e que erigiu para sempre como coluna e fundamento da verdade (CONCÍLIO VATICANO II, Const. Dogm. Lumen gentium n. 8). (Amar a Igreja, 19)
2. Por que é que o Papa é o sucessor de S. Pedro?
O Papa, bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, «é princípio perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga, entre si, tanto os bispos como a multidão dos fiéis» (LG 23). Em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o pontífice romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal, que pode sempre livremente exercer» (LG 22). (Catecismo da Igreja Católica, 882)
Contemplar o mistério
O amor ao Romano Pontífice há-de ser em nós uma formosa paixão, porque nele vemos a Cristo. Se tivermos intimidade com o Senhor na nossa oração, caminharemos com um olhar desanuviado que nos permitirá distinguir, mesmo nos acontecimentos que às vezes não compreendemos ou que nos causam pranto ou dor, a acção do Espírito Santo. (Amar a Igreja, 13)
As cidades antigas estavam rodeadas de muralhas. Entregar as chaves que davam acesso às muralhas equivalia a dar poder sobre a cidade. A expressão dar as chaves equivale a dar-lhe o poder supremo sobre a sua Igreja, à que muitas vezes chama "reino dos céus".
Católico, Apostólico, Romano! - Gosto que sejas muito romano. E que tenhas desejos de fazer a tua "romaria", "videre Petrum", para ver Pedro. (Caminho, 520)
Venero com todas as minhas forças a Roma de Pedro e de Paulo, banhada pelo sangue dos mártires, centro donde tantos saíram para propagar por todo o mundo a palavra salvadora de Cristo. Ser romano não implica nenhum particularismo, mas ecumenismo autêntico. Representa o desejo de dilatar o coração, de abri-lo a todos com as ânsias redentoras de Cristo, que a todos procura e a todos acolhe, porque a todos amou primeiro. (Amar a Igreja, 11)
3. Qual é a missão do Papa?
O Papa, bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja. É o Vigário de Cristo, cabeça do colégio dos bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual tem, por instituição divina, potestade plena, suprema, imediata e universal. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 182)
O bispo da Igreja Romana, em quem permanece a função que o Senhor encomendou singularmente a Pedro, primeiro entre os Apóstolos, e que havia de transmitir aos seus sucessores, é Cabeça do Colégio dos Bispos, Vigário de Cristo e Pastor da Igreja Universal na terra; o que, portanto, tem em virtude da sua função, potestade ordinária, que é suprema, plena, imediata e universal na Igreja, e que pode sempre exercer livremente." (Catecismo da Igreja Católica, cc. 331).
Contemplar o mistério
E esta é a missão permanente de Pedro: fazer com que a Igreja nunca se identifique com uma só nação, com uma única cultura nem com um só Estado. Que seja sempre a Igreja de todos. Que reúna a humanidade para além de todas as fronteiras e, no meio das divisões deste mundo, torne presente a paz de Deus e a força reconciliadora do seu amor. Graças à técnica igual em toda a parte, graças à rede mundial de informações e graças, também, à ligação de interesses comuns, hoje no mundo existem novas formas de unidade, que porém fazem explodir também novos contrastes e dão um renovado ímpeto aos antigos. No meio desta unidade exterior, fundamentada nos bens materiais, temos ainda mais necessidade da unidade interior, que provém da paz de Deus unidade de todos aqueles que, mediante Jesus Cristo, se tornaram irmãos e irmãs. Esta é a missão permanente de Pedro e também a tarefa especifica confiada à Igreja de Roma. (Bento XVI, Homilia de 29 de junho de 2008)
O caminho de são Pedro para Roma, como representante dos povos do mundo, insere-se sobretudo sob a palavra "una": a sua tarefa consiste em criar a unidade da catholica, da Igreja formada por judeus e pagãos, da Igreja de todos os povos. Pedro que, segundo a ordem de Deus, foi o primeiro a abrir a porta aos pagãos, agora deixa a presidência da Igreja cristão-judaica a Tiago, o Menor, para se dedicar à sua verdadeira missão: ao ministério para a unidade da única Igreja de Deus, formada por judeus e pagãos. (Bento XVI, Homilia 29 de junho de 2008)
O Papa chama-se Vigário de Cristo porque faz as vezes de Cristo no governo da Igreja. Vigário vem das palavras latinas: vices agere, fazer as vezes.
Cabeça visível da Igreja, porque a rege com a mesma autoridade de Cristo, que é a Cabeça invisível. (Catecismo da Igreja Católica, cc. 882)
5. Por que é que se lhe chama Sumo Pontífice?
Sumo Pontífice significa sumo sacerdote porque tem em seu poder todos os poderes espirituais com que Cristo enriqueceu a sua Igreja. O Sumo Pontífice, bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, "é o princípio e fundamento perpétuo e visível de unidade, tanto dos bispos como da multidão dos fiéis"(LG 23)
Contemplar o mistério
Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano, porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a amar carinhosamente o Papa, il dolce Cristo in terra, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena (Amar a Igreja, 11)
Para tantos momentos da História (que o diabo se encarrega de repetir) parecia-me muito acertada aquela consideração que me escrevias sobre a lealdade: "Trago todo o dia no coração, na cabeça e nos lábios uma jaculatória: Roma!". (Sulco, 344)
A nossa Santa Mãe a Igreja, em magnífica extensão de amor, vai espalhando a semente do Evangelho por todo o mundo. De Roma à periferia.
Ao colaborares nessa expansão, pelo orbe inteiro, leva a periferia ao Papa, para que a terra toda seja um só rebanho e um só Pastor: um só apostolado! (Forja, 638)
Para velar para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta, Cristo dotou os pastores com o carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. (Catecismo da Igreja Católica, cc.890)
«Desta infalibilidade goza o pontífice romano, chefe do Colégio episcopal, pelo lugar próprio que ocupa, quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar na fé os seus irmãos, proclama, por um acto definitivo, um ponto de doutrina respeitante à fé ou aos costumes [...] (Catecismo da Igreja Católica, cc. 891)
Contemplar o mistério
A suprema potestade do Romano Pontífice e a sua infalibilidade, quando fala ex cathedra, não são uma invenção humana, pois baseiam-se na explícita vontade fundacional de Cristo. Que pouco sentido tem enfrentar o governo do Papa com o dos bispos, ou reduzir a validade do Magistério pontifício ao consentimento dos fiéis! Nada mais alheio à Igreja do que o equilíbrio de poderes; não nos servem esquemas humanos, por mais atractivos ou funcionais que sejam. Ninguém na Igreja goza por si mesmo de potestade absoluta, enquanto homem; na Igreja não há outro chefe além de Cristo; e Cristo quis constituir um Vigário seu - o Romano Pontífice - para a sua Esposa peregrina nesta terra. (Amar a Igreja, 30)
7. Quando se exerce a infalibilidade do Magistério?
A infalibilidade exerce-se quando o Romano Pontífice, em virtude da sua autoridade de supremo Pastor da Igreja, ou o Colégio Episcopal, em comunhão com o Papa, sobretudo reunido num Concílio Ecuménico, proclamam com um acto definitivo uma doutrina respeitante à fé ou à moral, e também quando o Papa e os Bispos, no seu Magistério ordinário, concordam ao propor uma doutrina como definitiva. A tais ensinamentos cada fiel deve aderir com o obséquio da fé. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, cc. 185)
Cada dia hás-de crescer em lealdade à Igreja, ao Papa, à Santa Sé... Com um amor cada vez mais teológico! (Sulco, 353)
A fidelidade ao Romano Pontífice implica uma obrigação clara e determinada: a de conhecer o pensamento do Papa, manifestado em Encíclicas ou noutros documentos, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para que todos os católicos acolham o magistério do Padre Santo e acomodem a esses ensinamentos a sua actuação na vida.
(Forja 633).
Acolhe a palavra do Papa com uma adesão religiosa, humilde, interna e eficaz: serve-lhe de eco! (Forja, 133)
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